O Ministério das Comunicações divulgou no final do ano passado a relação de emissoras de rádio que devem ser pioneiras na transição do AM para o FM. Em Santa Catarina, como divulgado anteriormente em reportagem no site da ACAERT, 45 emissoras em 39 cidades estão relacionadas no primeiro lote da migração. O município com o maior número de rádios autorizadas a migrar nesta primeira etapa é Lages, na serra catarinense.
A capital do planalto serrano tem quatro emissoras AM contempladas no primeiro lote da migração e outras quatro que já operam no FM. Com isso, as oito emissoras instaladas na cidade serão acomodadas na frequência modulada, tornando Lages o primeiro município de grande porte de Santa Catarina – com mais de 150 mil habitantes – a acomodar 100% das rádios da cidade dentro do FM.
A localização geográfica também foi determinante, com uma ampla extensão territorial e sem outras grandes cidades por perto, o sinal das emissoras de Lages não sofre interferência externa, o que facilita a migração.
O presidente da ACAERT, Rubens Olbrisch, destaca que essa experiência servirá como um grande laboratório para as demais cidades do estado, “principalmente Joinville, Chapecó, Blumenau e Florianópolis onde o número de rádios que terão que ser remanejadas é maior”.
Para uma das emissoras mais tradicionais de Santa Catarina, a Rádio Clube de Lages, a migração será uma experiência importante na fidelização de sua audiência. A emissora está há 69 anos no ar e, desde a sua fundação em 1947, opera na frequência 690 do AM. Para os ouvintes habituados a sintonizar emissora no mesmo dial há mais de seis décadas, a novidade vai exigir uma mudança cultural, uma vez que a rádio passará a operar na frequência 98.3 do FM.
O vice-presidente do Grupo SCC, que reúne a Rádio Clube de Lages, Roberto Dimas Amaral, explica que a emissora está se preparando desde agora para esse momento de transição. “Vamos investir em uma grande campanha de marketing, que vai contemplar diversas cidades e todas as mídias, para informar os nossos ouvintes onde sintonizar as rádios do Grupo” (Clube, CBN e Gralha Azul). Os equipamentos já estão comprados e sendo preparados para entrar em operação”. O investimento, tanto em marketing quando em equipamentos, deve retornar através do departamento comercial. “Nossas emissoras vão ganhar mais qualidade de transmissão e consequentemente área de cobertura, ampliando a atuação comercial. O nosso sinal vai chegar a localidades do interior e cidades vizinhas onde antes não chegava” complementa Amaral.
Outra emissora da cidade que também está incluída no primeiro lote da migração é a Rádio Princesa, que faz parte da Rede Fronteira de Comunicação. O responsável pela RFC e também presidente do Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão – SERT/SC, Carlos Alberto Ross, lembra que o Ministério das Comunicações definiu um prazo de transição, em que as emissoras poderão operar nas duas frequências. “Segundo art. 7º da Portaria 127 a devolução do canal à União se dará no prazo máximo de 60 dias. Durante esse período (dois meses) as emissoras poderão operar simultaneamente nas duas frequências”, afirma.
Outras cidades
Além de Lages, o setor da radiodifusão espera testemunhar até abril deste ano a migração de emissoras nas cidades de Abelardo Luz, Araranguá, Balneário Camboriú, Braço do Norte, Caçador, Caibi, Campos Novos, Canoinhas, Curitibanos, Fraiburgo, Garopaba, Ibirama, Imaruí, Imbituba, Indaial, Itaiópolis, Jaraguá do Sul, Laguna, Lauro Muller, Mafra, Major Vieira, Maravilha, Modelo, Pinhalzinho, Pomerode, Ponte Serrada, Rio Negrinho, Santa Cecília, São Bento do Sul, São Joaquim, São José, São Miguel do Oeste, Seara, Taió, Timbó, Tunápolis, Urubici e Videira.
Fonte: Assessoria de Imprensa ACAERT
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Postado: 16/02/2015 Leia mais